Tempo de Vida

Sempre será preciso um exercício de gratidão com quem já está na vida há mais tempo.

 

 

O mundo está dividido em quem vai ter a graça e o privilégio de envelhecer e quem não terá essa oportunidade.

Adversidades à parte, mistérios do Criador e da vida, somos tempo vivido num crescente que um dia se esgota.

Muitas vezes, ao falarmos de idosos , nossa tendência é olhar para o passado, para o que passou…
Mas não é exatamente assim.

A força do vivido deixa, sim, marcas no passado, mas elas são determinantes para o que já veio e o que virá.

Vejamos umas expressões que esbanjam atualidade:

– Ancestralidade, impossível refletir sem lembrarmos dos nossos avós

– Orgânico lembra quintal e roça de quem?

– Empoderamento da mulher, sem que existisse a força de mulheres que desafiaram seu tempo e se colocaram à frente, seria apenas um “sonhado”.
(Santa Madre Cândida que nos diga!)

– Comida afetiva, inviável revisitar esse cardápio mental sem falar dos adultos e idosos que nos cercam ou já estiveram entre nós.

Sempre será preciso um exercício de gratidão com quem já está na vida há mais tempo.
É muita história para contar. Seria tão bom poder se ocupar de ouvi-las…

É muito laço de pertencimento que vai se enraizando e fortalecendo.

Como estão, hoje, os educadores que contribuíram na nossa alfabetização?

E quem lhe ensinou, de forma paciente, a exigente tarefa de amarrar cadarços de tênis?

Quem estava ao seu lado nos seus primeiros hesitantes passos?

 

 

 

 

A alegria da nossa infância, a farra da juventude e a correria da fase adulta deve encontrar, um dia, a vida em comunhão e compartilhamento.

O que se passou é o elemento fundante do que está por vir.

Vivemos tempos que desafiam nossa capacidade de criar, de cuidar, de conviver, de reinventar, de superar…

Será muito mais valioso se soubermos revisitar e ressignificar tanta vida vivida pelos idosos, avós e avós que nos cercam.

Estamos diante de um tesouro e talvez estejamos desperdiçando essa oportunidade de ver o mundo de outra mirada.

Benção, vó!
Benção, vô!

 

Por Maria José Brant (Deka)
Assistente Social, Mestra em Gestão Social, Missionária Madre Cândida

 

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